P Á G I N A S

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Quando a política é um caso de Polícia


Um criminoso italiano protegido a pedido do ministro da justiça. Marcos Valério e companhia soltos pelo STF. Sérgio Cabral rebolando funk em coreografia obscena. Os destaques políticos de hoje bem que poderiam estar melhor nas páginas policiais.

Cesare Battisti, um italiano que matou 4 pessoas (dentre elas um policial e um militar), teria cometido os delitos 'dentro de um contexto político', razão pela qual Tarso Genro decidiu-se por conceder o asilo. Uma transigência que o governo brasileiro não soube ter para com os atletas cubanos desertores durante os Jogos Pan-americanos em 2007: estes, cujo único crime foi desejar a liberdade, mereceram a deportação sumária. Que estranho interesse tem o ministro em proteger esse desconhecido?

Gilmar Mendes, sempre ele, põe mais um na rua. Aliás, mais quatro: Marcos Valério, o empresário pivô do escândalo do mensalão em 2005, seu sócio Rogério Tolentino e dois delegados da Polícia Federal, que estavam presos havia três meses. O habeas corpus ao grupo foi concedido na noite (ah, a noite...) de ontem, quarta-feira. Tudo contrariando orientações do próprio STF - que Gilmar preside - e em afronta a uma decisão proferida dois dias antes, por desembargadores do Tribunal Regional Federal de São Paulo. Não bastasse a atenção especial a Daniel Dantas, ainda tem mais essa.

E o Cabral, que descobriu o funk? Nos telejornais de ontem, era possível ver o governador fluminense praticamente reproduzindo, com extrema maestria aliás, a mesma coreografia feita pelo assessor de imprensa do Palácio do Planalto, Bruno Gaspar, depois do acidente com o avião da Tam, em julho de 2007. Foi na assinatura de um convênio com o Afroreggae - R$ 1,5 milhão para terminar obras do centro mantido pela entidade. Uma postura popularesca, que está longe de ser uma simples dança e que toma uma proporção mais patética ainda quando praticada por um governante que, supunha-se, de respeito.

Juro que não sei se são fatos para guardar ou jogar no lixo.


Boas Tardes!

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