segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Boa coisa não pode ser...
Um dos maiores bancos privados do país estardalhaçou hoje a queda de 54% (mais da metade!) dos juros que cobra no financiamento do cartão de crédito. O Bradesco reduziu a taxa de 14,9% para 6,9% ao mês, segundo revelou O Globo nesta segunda 24. Ainda é um patamar extorsivo, se considerarmos que esse índice mensal está bem próximo da inflação anual brasileira - ao menos, a oficial. É alto, também, na comparação com outras economias de mercado, mundo afora.
Parece uma ótima notícia, mas não deve ser. A despeito de favorecer quem deve no cartão hoje, o que de fato é positivo, a medida soa absolutamente fora de esquadro, apesar do corte feito meses atrás pelos (grandes) bancos estatais, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, 'determinado' por Dilma Rousseff. Uma reação meio tardia a um talvez avanço dos bancos públicos sobre a clientela de portentosas corporações de tradição.
Um repente desta ordem, em plena reta final de uma campanha eleitoral ingrata para o partido do governo; com o julgamento do escândalo do mensalão chibateando o Petê; e a estupefação dos menos bobos com o falso anúncio do corte no custo da energia elétrica, feito pela própria presidente da República à véspera do Dia da Independência, deixa cheiro de podre no ar. Banqueiro não tem mãe e, embora amealhe muito, ainda não rasga dinheiro.
Alguma coisa muito fétida tem o dedo do governo e está por trás dessa cândida demonstração de civismo.
Será civismo mesmo? Com V?
Boas Noites!
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