P Á G I N A S

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Em gratidão pela coragem

  
Somos imperfeitos, porquanto humanos. Entretanto, mesmo com todas as limitações e erros de que somos capazes, quando nos dispomos somos também hábeis para dar a volta por cima e reduzir a relevância das falhas deixadas para trás, contribuindo para tornar o presente e o futuro melhores.

Essa superação, às vezes, envolve sofrimentos que somente quem os vive sabe mensurar corretamente o peso que têm. Felizmente a dor tem a virtude de purgar e, desta forma, alivia-se o fardo. E, sobretudo, o legado deixado para a satisfação de muitos completa a alegria da sensação de missão cumprida.

O ano que ora termina nos brinda com o desfecho de uma difícil - porém promissora - lição de coragem que, desnudando a disseminação do vício dos piores valores, ensina que vale a pena resgatar outros, esquecidos, verdadeiros, presentes na educação da maioria das crianças que hoje são os homens e as mulheres de bem do Brasil.

Obrigado, Roberto Jefferson.

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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Novo golpe contra o Rio de Janeiro

O Estado do Rio vê-se, mais uma vez, na situação vivida em 17 de março de 2010, quando a população foi às ruas clamar contra a quebra de contrato proposta no Congresso Nacional, no que se refere à repartição dos royalties do petróleo. Novamente, parlamentares de estados não produtores, capitaneados pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), tramam a punga de recursos que são, por direito, principalmente dos fluminenses, na condição de ente federativo responsável por boa parte do óleo extraído no Brasil.

Na próxima segunda-feira, 26 de novembro, independentemente de paixões políticas e convicções partidárias, todos estão convocados para mais um round dessa luta (o termo em Português, 'assalto', dada a circunstância do fato, até que se encaixa bem nesse contexto). A manifestação está marcada para as 14 horas, na Candelária - o encontro será na esquina das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, pela qual o cortejo deve seguir em direção à Cinelândia.

Todos lá!


Boas Noites!

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Boa coisa não pode ser...

  
Um dos maiores bancos privados do país estardalhaçou hoje a queda de 54% (mais da metade!) dos juros que cobra no financiamento do cartão de crédito. O Bradesco reduziu a taxa de 14,9% para 6,9% ao mês, segundo revelou O Globo nesta segunda 24. Ainda é um patamar extorsivo, se considerarmos que esse índice mensal está bem próximo da inflação anual brasileira - ao menos, a oficial. É alto, também, na comparação com outras economias de mercado, mundo afora.

Parece uma ótima notícia, mas não deve ser. A despeito de favorecer quem deve no cartão hoje, o que de fato é positivo, a medida soa absolutamente fora de esquadro, apesar do corte feito meses atrás pelos (grandes) bancos estatais, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, 'determinado' por Dilma Rousseff. Uma reação meio tardia a um talvez avanço dos bancos públicos sobre a clientela de portentosas corporações de tradição.

Um repente desta ordem, em plena reta final de uma campanha eleitoral ingrata para o partido do governo; com o julgamento do escândalo do mensalão chibateando o Petê; e a estupefação dos menos bobos com o falso anúncio do corte no custo da energia elétrica, feito pela própria presidente da República à véspera do Dia da Independência, deixa cheiro de podre no ar. Banqueiro não tem mãe e, embora amealhe muito, ainda não rasga dinheiro.

Alguma coisa muito fétida tem o dedo do governo e está por trás dessa cândida demonstração de civismo.

Será civismo mesmo? Com V?


Boas Noites!

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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Segregar para tornar a todos iguais


Que tal uma lei que reserve vagas nas universidades públicas para alunos que, simplesmente, estudam, sem qualquer tipo de discriminação?

E investir de verdade em Educação, desde a tenra escola (jardim de infância, alfabetização, primário, ginásio, segundo grau, para usar termos mais palatáveis), dando chance igual a todos, segundo a disposição de cada um em crescer na vida?

Sem ENADEs, ENEMs, exames, vexames e outras pirotecnias de governo, que o marketing safado vende como avanços sociais.

Educação como redenção do nosso futuro, já que aquele ensino que nos foi de qualidade superior quando crianças, no presente tem como nome - reflexo de sua qualidade - apenas 'médio'.


Boas Tardes!
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segunda-feira, 18 de junho de 2012

2012 EXTRA: antecipado o fim do mundo!

  
A foto fala por si.



Sem comentários, tanto pela falta de necessidade, quanto pela de condições de expressar qualquer sentimento a respeito.

Boas Tardes!
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domingo, 10 de junho de 2012

Quantos trinta dinheiros vale a traição da dignidade de uma sigla?

  
Já faz mais de dez anos que a União Nacional dos Estudantes não é mais a mesma. A outrora ruidosa UNE, dos 'Fora, todo mundo' quando não simpatizava com algum ocupante do Executivo, desde então anda afônica. Junto com o caráter e a vergonha, perdeu a voz, ao ganhar o apoio logístico e as verbas a fundo perdido do governo do Petê. Silenciou diante do mensalão e tem sido igualmente omissa perante os sucessivos escândalos de corrupção em que a estrela vermelha brilha como a maior das vedetes. Soa - se bem que falamos aqui de silêncio - a conivência.


A entidade agora está na berlinda, apontada como beneficiária de R$ 30 milhões vindos dos nossos impostos para construir a sua nova sede, na Praia do Flamengo, no Rio. (Aliás, bem que podiam levar essa coisa também para Brasília, já que a capital federal é lá mesmo.) O atual dirigente da UNE, Daniel Iliescu, não demonstra preocupação ante a investigação do Ministério Público Federal quanto ao mau uso do dinheiro público pela entidade, em convênios de cujas prestações de contas constam notas fiscais frias e a aquisição de itens, digamos, inadequados - em se tratando de verba federal para uma pretensa instituição de estudantes - como vodca, cachaça e uísque.


Quanto ao dinheiro para a construção da nova sede do Flamengo, um prédio de 13 andares cujo projeto foi doado pelo Arquiteto Oscar Niemeyer, a UNE esclarece que 'a construção deve começar em agosto'. Contudo, talvez não haja tempo para que os estudantes se atenham às obras: eles já foram convocados pelo cabeça do esquema do mensalão para outro compromisso.


Neste sábado 9, durante o 16º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista (UJS), ligada ao PCdoB, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o ex-ministro José Dirceu os conclamou a irem para as ruas defendê-lo naquela que o eminente réu qualifica de 'a batalha final', ou seja, o julgamento do mensalão, que começa em 1º de agosto e que ele teme que venha a ganhar caráter político.


A propósito, a atuação de Iliescu à frente da UNE chegou a ser elogiada pelo Prefeito do Rio, que compareceu ao evento. Falando ao presidente da entidade, Eduardo Paes sugeriu que a perseguição da imprensa, com a denúncia, se deva à proximidade das eleições; e o incentivou a ir em frente, dizendo que 'a UNE é maior do que tudo isso'.


Eu já sempre gostei muito de agosto, por ser o mês do meu Aniversário. Este ano, espero que o mês seja ainda melhor; o mais interessante dos últimos tempos, principalmente no seio da Política - permitam-me a maiúscula, que a boa Política, que nada tem com esse imbróglio, merece.


E, como aconteceu em priscas eras, se precisar rolar um pouco de sangue, que seja pela melhor das causas. 


Boas Noites!
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sexta-feira, 11 de maio de 2012

A verdade da comissão

  
Soa ignominiosa a convocação, para membro da Comissão da Verdade, da advogada que defendeu a presidente Dilma Rousseff na época dos governos militares. Soa e é: trata-se de um nítido conflito (ou será uma conjugação?) de interesses, considerando-se o inciso II do § 1º do artigo 2º da Lei Federal 12.528/2011, que reza que 'não poderão participar da Comissão Nacional da Verdade aqueles que (...) não tenham condições de atuar com imparcialidade no exercício das competências da Comissão'.


Verdade é que os petistas não são lá muito afeitos a esses conceitos como ética, moralidade, retidão e decência, tornados fora de moda, por eles mesmos, faz agora dez anos.


A presidente foi notória guerrilheira atuante naqueles tempos, jamais escondeu isso e, até pelo contrário, manifesta orgulho por sua escolha. Usar o destaque de sua posição política para, por intermédio de uma preposta, dirigir o rumo da comissão é, para ser educado, uma postura deplorável. Desde o nascedouro, a ideia do grupo - já bastante disseminada por discursos e posturas emanadas de figuras ligadas ao Planalto - é perseguir do modo mais implacável os militares, termo geral. Vale tudo, até cooptar jovens recém-entrados na vida política, fazendo-os zumbis a entoar ad eternum os mantras 'cadeia para os torturadores', 'assassinos' e outros mais.


Engraçado é que as iniciais CV, da Comissão da Verdade, são as mesmas da facção criminosa Comando Vermelho. Em muitos aspectos há quem perceba analogias. A começar pelo vermelho, que vem a ser a cor da estrelinha.


Principia malparada a Comissão da Verdade. Contudo, é da lei que ela exista. Pois que façam os escolhidos, inclusive a referida senhora, ao menos bom uso dos R$ 11,2 mil mensais que, em dois anos, possibilitarão aos afortunados um pé de meia de mais de um quarto de milhão de reais. O que me faz lembrar, até pelo espírito da coisa, Aparício Torelly, o impagável Barão de Itararé, que mui sabiamente definia negociata como sendo aquele bom negócio para o qual não fomos chamados.


Não me convidaram para esta festa pobre, que os homens estão armando para nos convencer. E essa graninha vai me fazer falta...


Boas Noites!
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terça-feira, 6 de março de 2012

Por que tenho horror à esquerda - parte 2


A esquerda vive do passado. Seja da falsa glória do comunismo opressor, a ditadura em que era proibido até pensar, seja pelo deleite do permanente gosto de sangue na boca, que propõe rasgar a Lei da Anistia e violar as sepulturas do tempo, fazendo da busca por 'torturadores' uma caça às bruxas, nos mesmos moldes daquela que os 'injustiçados' acusam os governos militares de terem empreendido contra si, há quase meio século.

E não falta quem se ponha a serviço da causa do revanchismo. Está para acontecer esta semana, precisamente na sexta 9, a proposição de uma ação, por um dos 60 subprocuradores-gerais da República, para apurar cinco crimes cometidos durante o regime militar. Crimes provavelmente todos atribuídos ao Estado, já que não se veem iniciativas semelhantes em relação a ilícitos cometidos pelos 'defensores da democracia' de então.


No mais flagrante atropelo da Lei da Anistia, que o Supremo Tribunal Federal - a corte máxima do país - entende ter encerrado todas essas questões, a subprocuradora-geral Raquel Dodge e outros procuradores de várias regiões do Brasil sustentam que, nesses casos específicos, houve crime continuado, que ainda não se encerrou, situação que envolve desaparecimento forçado, ocultação de cadáver e formação de quadrilha, esta com o intuito de ocultar informações sobre os dois outros crimes. Por trás dessa interpretação está o 'Grupo de Trabalho de Justiça de Transição', formado na Segunda Vara do Ministério Público Federal com o objetivo de dirimir dúvidas pendentes em função de termos migrado de um governo de exceção para um regime democrático de direito.

Nossa jovem democracia pós-1964 nasceu, entre outras circunstâncias, da tolerância mútua que permitiu a anistia tornada lei em 1979 e referendada, por diversas ocasiões, pelo STF. Essa anistia, lembre-se muito bem, é bilateral, embora este aspecto pareça não agradar a uma legião de revanchistas, que tem se valido do poder - democraticamente conquistado - para exercer a insaciável gana de perseguir. Uma mesma legião que estruturou a 'Comissão da Verdade' - 'da verdade' mas talvez não 'de verdade' - para que não fossem objeto de revisão os seus próprios 'malfeitos' - aqui aproveitando a expressão carinhosa com que a presidente da República se refere aos delitos cometidos por seus aliados políticos e companheiros de guerrilha.

Existe uma sutil diferença entre esquecer e não lembrar. Enquanto esquecer é simplesmente apagar o registro, não lembrar é mantê-lo vivo, guardado, porém como lição, não como uma arma engatilhada, pronta para disparar contra tudo e contra todos, ao bel-prazer de quem possa se sentir particularmente incomodado. A Lei da Anistia não esquece. Ela apenas determina que não se lembre. Porque foi esse o combinado. Porque foi isso que os próprios 'perseguidos políticos' demandaram. Porque está escrito e ponto final. O perdão mútuo foi decretado e foi aceito, por vencedores e vencidos. Foi o armistício - que parecia - definitivo, negociado para encerrar uma verdadeira guerra. Selou-se uma paz que não deve ser quebrada.

A esquerda vive no passado. Eu prefiro viver com os pés no presente e os olhos no futuro, mantendo o que passou como aprendizado e referência de consulta para analisar os acontecimentos que se me apresentam. O que não significa que eu perca o passado de vista: apenas me limito a não quebrar as regras ditadas pelo tempo, que cuidou de estabelecer que seu lugar é no ontem, não no hoje. E o ontem não se repete; na pior das hipóteses, o que pode surgir é uma cópia bisonha, forjada por aqueles que não se conformam com o fato de que a noite se foi e o dia amanheceu.

Boas Tardes!
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domingo, 26 de fevereiro de 2012

A revanche dos derrotados

  
Os recentes acidentes ocorridos com militares (o incêndio no porta-aviões São Paulo) e em instalações militares (o naufrágio de uma embarcação que levava combustível para a base da Antártida, não divulgado oficialmente mas denunciado pelo jornal O Estado de São Paulo, e o incêndio na Estação Comandante Ferraz) suscitam perguntar: seriam consequências do desinvestimento que o governo tem feito nas nossas Forças Armadas? Indo um pouco mais longe: seria essa aversão aos militares uma retaliação da gangue petralha, contra aqueles que um dia ousaram impedir que esses hoje 'bons moços' virassem o Brasil de cabeça para baixo, implantando aqui um regime nos moldes de Pequim ou, pior, de Havana?

Às vezes me pego pensando se já não vivemos hoje uma ditadura de esquerda mesmo. Afinal, vivemos reféns dos desmandos alimentados por uma oposição covarde e omissa, aliada à corrupção desenfreada tornada padrão de comportamento nas entranhas do próprio governo. E acuados pelo patrulhamento do politicamente correto e da defesa dos 'direitos humanos'.

Como esperar dias melhores com um quadro desses, se não temos sido capazes de reagir ao mal que essa gente nos vem fazendo? Quanto tempo mais vamos nos deixar violentar?

Bons Dias!

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Por que tenho horror à esquerda - parte 1

  
Para entender o Brasil pós-Petê, recomendo que baixem, assistam e guardem o vídeo 'Como sabotar um país manipulando a mente do povo', disponível na rede no endereço www.youtube.com/watch?v=X1Z96xrFTgY.

Trata-se de uma palestra, com pouco mais de uma hora de duração, proferida nos anos 1980 por Tomas David Schuman (ou Yuri Alexandrovich Bezmenov), um desertor soviético adotante do Canadá como nova pátria, que atuou como informante e especialista em propaganda na KGB - o Comitê de Segurança do Estado, braço do serviço secreto da extinta União Soviética, entre 1954 e 1991. Na época da filmagem, Tomas fazia parte da equipe da RIA Novosti, a agência de notícias independente da Rússia.

Desmoralização, desestabilização, crise e outros estratagemas são descritos por ele como ações da KGB - e, por extensão, da esquerda em geral - para fragilizar nações e governos, de modo a abrir caminho para a instauração de regimes 'socialistas': pretensamente democráticos, porém, na verdade, ideologicamente totalitários.

Vale uma reflexão profunda, envolvendo as iniciativas parlamentares, os atos de governo, a pirotecnia midiática e a transformação de valores éticos e morais brasileiros, nos últimos 10 anos.

Valerá também alguns novos textos, ao longo do ano, em que eu poderei expor mais razões pessoais para defenestrar essa corrente política específica.

(A palestra tem quase 3 décadas e foi feita numa época em que algumas pessoas, embora inteligentes, ainda tinham a ilusão de que o Partido dos Trabalhadores defendesse, de fato, a decência como norte de vida.)

Boas Noites!
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