P Á G I N A S

domingo, 31 de outubro de 2010

Dia de decisão

 
Nasce o domingo - aproxima-se a uma da manhã - que sinaliza para a esperança de tempos melhores. Contrariando as 'pesquisas', dos mesmos institutos que subverteram a matemática e a estatística há pouco menos de um mês, mais uma vez visto azul e vou ao voto, na certeza de que a hora é mesmo de mudança. Meu olhar é para o futuro e meu interesse é pelo bom Brasil, o de todos nós, para todos nós.

É tempo de extirpar vícios e viciados, refinar os modos e pensar grande. Lembrar que as nossas cores são o verde, o amarelo, o azul e o branco. E que as estrelas de verdade são brancas, cujo brilho no céu da noite ilumina nossas almas e nossos sonhos, anunciando que o amanhecer de luz não tardará.

A hora é de virar o jogo a favor do Brasil. De pôr de lado cada interesse pessoal, menor, e ajudar no esforço pelo bem maior, que atinja a todos. Ampliar o horizonte de visão além do próprio umbigo, para poder enxergar a grandeza que somos como nação. Que temos uma História, capaz de nos dar a identidade brasileira tanto quanto de nos fornecer informações preciosas sobre como são a personalidade e a índole daqueles que nos pretendem governar.

É hora de mostrar o caráter que temos. Se temos senso crítico e memória. Se temos honra. E, acima de tudo, como fala a nossa autoestima e o quanto somos capazes de gostar de nós mesmos.


Bom Voto neste domingo e Boas Noites!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Vou vestir azul. Quem me acompanha?

 
Domingo próximo, dia 3, é dia de transformar o Brasil. E faremos isso, nós, 135 milhões de eleitores, munidos, por ora, necessariamente apenas de nossa Carteira de Identidade, já que duas das nossas mais altas cortes acabam de condenar o querido Título de Eleitor à mais absoluta inutilidade. Talvez devamos exigir, dos também 'queridos' magistrados do STF e do TSE, atestados de sanidade mental, para garantir-lhes o direito de voto em pleno gozo (ai!) de suas faculdades.

Domingo é dia de votar com a família: e não propriamente levando os parentes a tiracolo, mas com o espírito completamente voltado para essa mágica célula mater da sociedade, sem a qual tudo desmorona. Pensando na importância de alicerces como a harmonia que deve haver nas relações pai-mãe e pais-filhos; e na bênção que se constitui conceber filhos e ajudá-los a construir suas trajetórias de vida. No dever da transmissão dos valores que a imensa maioria das pessoas, embora possam até não o confessar abertamente, ainda tem como fundamentais à existência, calcados nos ensinamentos cristãos, como o Amor, a solidariedade, o respeito e a honradez.

Um escritor e editor estadunidense do século XIX, Henry Ward Beecher, muito sabiamente manifestou a seguinte impressão sobre a relevância da família: 'a coisa mais importante que um pai pode fazer por seus filhos é amar a mãe deles'. Se nós pudermos extrapolar o sentido e o alcance da frase, entendendo família como a sociedade – o que não deixa de ser verdade, se considerado que é seu componente de maior destaque – e a prática de amar na acepção fraternal do 'uns aos outros como Eu vos amei', teremos, decerto, um mundo melhor. E por que não exercer os bons valores aprendidos em casa também na rua? Desde crianças, somos treinados para isso. O problema é que, com o passar dos anos, vamo-nos deixando contaminar por outras referências vindas de fora do seio protetor familiar, muitas delas bem antagônicas em relação ao que aprendemos. E a força do exemplo, às vezes mau, induz a certos atalhos. Ou carreia, em definitivo, para errados desvios.

Pois é desses desvios que devemos fugir, no dia 3. Desses que vêm sendo vendidos a nós como aperfeiçoamentos éticos e morais da sociedade, na verdade nada mais do que aviltamentos de conquistas que nos custaram tanto sofrimento num passado recente. Sofrimento curiosamente infligido pelas mesmíssimas figuras que hoje detêm o poder e se autoproclamam baluartes incontestes da democracia.

Não quero o estado calando vozes discordantes, imiscuindo-se em conselhos de classe (jornalistas, artistas) sob o falso pretexto de controlar socialmente a mídia e proteger a sociedade de conteúdos eleitos indesejáveis. Não quero que lei ampare quem ceifa vidas ainda em formação no ventre, em nome da prerrogativa espúria do livre arbítrio sobre o próprio corpo.

Não quero me envergonhar do Brasil, assistindo a desmandos e trapalhadas pondo a perder tantas conquistas de gente que realmente trabalha e ama esta terra.

Não admito que crimes continuem sendo cometidos, sob as barbas das mais altas autoridades do país, sem que haja punição prevista em lei e, em havendo, sem que o poder judiciário (minúsculo, mesmo) se pronuncie, em proteção à sociedade – o que, mais que uma prerrogativa, é seu dever constitucional.

Quero vestir azul neste domingo e votar pelo progresso, material e moral, do povo do qual tenho orgulho de fazer parte. Quero banir toda a gente mesquinha inebriada de poder, que traz no sangue o rancor, o desprezo absoluto pelas mínimas regras de boa conduta moral e uma insaciável sede de vingança, jamais vista na nossa História.

Quero mudar o curso dos ventos que sopram sobre o Brasil, proporcionando a calmaria que merecemos para trabalhar por tempos melhores, de fartura e benquerença.

E quero arrastar comigo toda a multidão, por essa mesma causa.


Boas Tardes!