sexta-feira, 11 de maio de 2012
A verdade da comissão
Soa ignominiosa a convocação, para membro da Comissão da Verdade, da advogada que defendeu a presidente Dilma Rousseff na época dos governos militares. Soa e é: trata-se de um nítido conflito (ou será uma conjugação?) de interesses, considerando-se o inciso II do § 1º do artigo 2º da Lei Federal 12.528/2011, que reza que 'não poderão participar da Comissão Nacional da Verdade aqueles que (...) não tenham condições de atuar com imparcialidade no exercício das competências da Comissão'.
Verdade é que os petistas não são lá muito afeitos a esses conceitos como ética, moralidade, retidão e decência, tornados fora de moda, por eles mesmos, faz agora dez anos.
A presidente foi notória guerrilheira atuante naqueles tempos, jamais escondeu isso e, até pelo contrário, manifesta orgulho por sua escolha. Usar o destaque de sua posição política para, por intermédio de uma preposta, dirigir o rumo da comissão é, para ser educado, uma postura deplorável. Desde o nascedouro, a ideia do grupo - já bastante disseminada por discursos e posturas emanadas de figuras ligadas ao Planalto - é perseguir do modo mais implacável os militares, termo geral. Vale tudo, até cooptar jovens recém-entrados na vida política, fazendo-os zumbis a entoar ad eternum os mantras 'cadeia para os torturadores', 'assassinos' e outros mais.
Engraçado é que as iniciais CV, da Comissão da Verdade, são as mesmas da facção criminosa Comando Vermelho. Em muitos aspectos há quem perceba analogias. A começar pelo vermelho, que vem a ser a cor da estrelinha.
Principia malparada a Comissão da Verdade. Contudo, é da lei que ela exista. Pois que façam os escolhidos, inclusive a referida senhora, ao menos bom uso dos R$ 11,2 mil mensais que, em dois anos, possibilitarão aos afortunados um pé de meia de mais de um quarto de milhão de reais. O que me faz lembrar, até pelo espírito da coisa, Aparício Torelly, o impagável Barão de Itararé, que mui sabiamente definia negociata como sendo aquele bom negócio para o qual não fomos chamados.
Não me convidaram para esta festa pobre, que os homens estão armando para nos convencer. E essa graninha vai me fazer falta...
Boas Noites!
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terça-feira, 6 de março de 2012
Por que tenho horror à esquerda - parte 2
A esquerda vive do passado. Seja da falsa glória do comunismo opressor, a ditadura em que era proibido até pensar, seja pelo deleite do permanente gosto de sangue na boca, que propõe rasgar a Lei da Anistia e violar as sepulturas do tempo, fazendo da busca por 'torturadores' uma caça às bruxas, nos mesmos moldes daquela que os 'injustiçados' acusam os governos militares de terem empreendido contra si, há quase meio século.
E não falta quem se ponha a serviço da causa do revanchismo. Está para acontecer esta semana, precisamente na sexta 9, a proposição de uma ação, por um dos 60 subprocuradores-gerais da República, para apurar cinco crimes cometidos durante o regime militar. Crimes provavelmente todos atribuídos ao Estado, já que não se veem iniciativas semelhantes em relação a ilícitos cometidos pelos 'defensores da democracia' de então.
No mais flagrante atropelo da Lei da Anistia, que o Supremo Tribunal Federal - a corte máxima do país - entende ter encerrado todas essas questões, a subprocuradora-geral Raquel Dodge e outros procuradores de várias regiões do Brasil sustentam que, nesses casos específicos, houve crime continuado, que ainda não se encerrou, situação que envolve desaparecimento forçado, ocultação de cadáver e formação de quadrilha, esta com o intuito de ocultar informações sobre os dois outros crimes. Por trás dessa interpretação está o 'Grupo de Trabalho de Justiça de Transição', formado na Segunda Vara do Ministério Público Federal com o objetivo de dirimir dúvidas pendentes em função de termos migrado de um governo de exceção para um regime democrático de direito.
Nossa jovem democracia pós-1964 nasceu, entre outras circunstâncias, da tolerância mútua que permitiu a anistia tornada lei em 1979 e referendada, por diversas ocasiões, pelo STF. Essa anistia, lembre-se muito bem, é bilateral, embora este aspecto pareça não agradar a uma legião de revanchistas, que tem se valido do poder - democraticamente conquistado - para exercer a insaciável gana de perseguir. Uma mesma legião que estruturou a 'Comissão da Verdade' - 'da verdade' mas talvez não 'de verdade' - para que não fossem objeto de revisão os seus próprios 'malfeitos' - aqui aproveitando a expressão carinhosa com que a presidente da República se refere aos delitos cometidos por seus aliados políticos e companheiros de guerrilha.
Existe uma sutil diferença entre esquecer e não lembrar. Enquanto esquecer é simplesmente apagar o registro, não lembrar é mantê-lo vivo, guardado, porém como lição, não como uma arma engatilhada, pronta para disparar contra tudo e contra todos, ao bel-prazer de quem possa se sentir particularmente incomodado. A Lei da Anistia não esquece. Ela apenas determina que não se lembre. Porque foi esse o combinado. Porque foi isso que os próprios 'perseguidos políticos' demandaram. Porque está escrito e ponto final. O perdão mútuo foi decretado e foi aceito, por vencedores e vencidos. Foi o armistício - que parecia - definitivo, negociado para encerrar uma verdadeira guerra. Selou-se uma paz que não deve ser quebrada.
A esquerda vive no passado. Eu prefiro viver com os pés no presente e os olhos no futuro, mantendo o que passou como aprendizado e referência de consulta para analisar os acontecimentos que se me apresentam. O que não significa que eu perca o passado de vista: apenas me limito a não quebrar as regras ditadas pelo tempo, que cuidou de estabelecer que seu lugar é no ontem, não no hoje. E o ontem não se repete; na pior das hipóteses, o que pode surgir é uma cópia bisonha, forjada por aqueles que não se conformam com o fato de que a noite se foi e o dia amanheceu.
Boas Tardes!
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domingo, 26 de fevereiro de 2012
A revanche dos derrotados
Os recentes acidentes ocorridos com militares (o incêndio no porta-aviões São Paulo) e em instalações militares (o naufrágio de uma embarcação que levava combustível para a base da Antártida, não divulgado oficialmente mas denunciado pelo jornal O Estado de São Paulo, e o incêndio na Estação Comandante Ferraz) suscitam perguntar: seriam consequências do desinvestimento que o governo tem feito nas nossas Forças Armadas? Indo um pouco mais longe: seria essa aversão aos militares uma retaliação da gangue petralha, contra aqueles que um dia ousaram impedir que esses hoje 'bons moços' virassem o Brasil de cabeça para baixo, implantando aqui um regime nos moldes de Pequim ou, pior, de Havana?
Às vezes me pego pensando se já não vivemos hoje uma ditadura de esquerda mesmo. Afinal, vivemos reféns dos desmandos alimentados por uma oposição covarde e omissa, aliada à corrupção desenfreada tornada padrão de comportamento nas entranhas do próprio governo. E acuados pelo patrulhamento do politicamente correto e da defesa dos 'direitos humanos'.
Como esperar dias melhores com um quadro desses, se não temos sido capazes de reagir ao mal que essa gente nos vem fazendo? Quanto tempo mais vamos nos deixar violentar?
Bons Dias!
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Por que tenho horror à esquerda - parte 1
Para entender o Brasil pós-Petê, recomendo que baixem, assistam e guardem o vídeo 'Como sabotar um país manipulando a mente do povo', disponível na rede no endereço www.youtube.com/watch?v=X1Z96xrFTgY.
Trata-se de uma palestra, com pouco mais de uma hora de duração, proferida nos anos 1980 por Tomas David Schuman (ou Yuri Alexandrovich Bezmenov), um desertor soviético adotante do Canadá como nova pátria, que atuou como informante e especialista em propaganda na KGB - o Comitê de Segurança do Estado, braço do serviço secreto da extinta União Soviética, entre 1954 e 1991. Na época da filmagem, Tomas fazia parte da equipe da RIA Novosti, a agência de notícias independente da Rússia.
Desmoralização, desestabilização, crise e outros estratagemas são descritos por ele como ações da KGB - e, por extensão, da esquerda em geral - para fragilizar nações e governos, de modo a abrir caminho para a instauração de regimes 'socialistas': pretensamente democráticos, porém, na verdade, ideologicamente totalitários.
Vale uma reflexão profunda, envolvendo as iniciativas parlamentares, os atos de governo, a pirotecnia midiática e a transformação de valores éticos e morais brasileiros, nos últimos 10 anos.
Valerá também alguns novos textos, ao longo do ano, em que eu poderei expor mais razões pessoais para defenestrar essa corrente política específica.
(A palestra tem quase 3 décadas e foi feita numa época em que algumas pessoas, embora inteligentes, ainda tinham a ilusão de que o Partido dos Trabalhadores defendesse, de fato, a decência como norte de vida.)
Valerá também alguns novos textos, ao longo do ano, em que eu poderei expor mais razões pessoais para defenestrar essa corrente política específica.
(A palestra tem quase 3 décadas e foi feita numa época em que algumas pessoas, embora inteligentes, ainda tinham a ilusão de que o Partido dos Trabalhadores defendesse, de fato, a decência como norte de vida.)
Boas Noites!
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
A grande famiglia parlamentar brasileira
Para fechar 2011 com chave de ouro.
Com o beneplácito do Supremo Tribunal Federal, corte que tem sido motivo de perplexidade e vergonha no Brasil dos últimos nove anos, assumiu uma cadeira no senado (permitam-me o merecedor minúsculo) o paraense Jader Barbalho. O novo senador havia sido impedido de tomar posse em fevereiro deste ano por força da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135, de 4 de junho de 2010), que, contudo, o STF declarou inconstitucional e, portanto, inaplicável aos eleitos no pleito de 2010 - empossados em 2011.
Prevaleceu a tese de que a aplicação dessa lei a políticos que já estavam em campanha eleitoral naquele ano não deveria valer. Um achincalhe ao princípio constitucional da Moralidade, cuja essência está na proteção de uma ética pública e que não temos, de fato, visto ser prezado, em tempos de lulo-dilmo-petismo.
A foto, da edição deste 28 de dezembro de O Globo, com o elemento em questão, Marta Suplicy (vice-presidente da casa parlamentar) e Romero Jucá (líder do governo), bem que poderia ter sido extraída de um dos álbuns de família de Al Capone. E, até por isso, fala por si.
Boas Noites!
Boas Noites!
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Menos um
Apenas referenciando a postagem de 26 de agosto. Menos um fator de desequilíbrio no planeta.
E que Deus sempre nos proteja.
Boas Tardes!
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Diga-me com quem andas...
Para jamais esquecer.
Apenas uma contrubuição à memória (do brasileiro, que não é lá muito boa) e à História (que não há censura que altere), de registros indeléveis da nossa política externa nos abomináveis anos de petismo.
Dois 'bons moços', bons amigos e fiéis companheiros, que compartilham os mesmos valores e crenças políticas.
Momentos de que a esquerda brasileira, tão anacrônica quanto presunçosa, deveria se envergonhar.
Rio Branco, acalma tua ira e olha por nós, onde estiver.
Fotos do território livre da internet.
Boas Noites!
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